Grosseria é ousar impor condições como 'só faço ao vivo, não confio na edição'
Gentil, o editor da Folha me convida a escrever nesta página: “Acho que você está sendo vítima de uma campanha”. Faz sentido oferecer-me compensação, pois houve campanha, e foi desencadeada pelo UOL [portal que tem participação minoritária e indireta da Folha] a partir de colaboradores “cheerleaders” do Twitter, que cravaram o adjetivo “grosseiro” como início de seu título caça-clique. Mais honesto seria “jocoso” ou “irreverente”, mas talvez não fosse tão chamativo.
No início do programa “Manhattan Connection” de quarta-feira (14), Lucas Mendes perguntou-me sobre convidados que não vão ao programa, como ocorre quando ele convida Lula e Bolsonaro. Na resposta, comentei das condições que, da prisão, Lula fixou ao manifestar seu desejo de participar de um “Conversa com Bial”. O ex-presidente disse que queria falar para mim, mas só se fosse ao vivo, pois não tinha confiança na minha edição. Conheço Lula há 40 anos, já o entrevistei algumas vezes, apenas uma ao vivo, quando fez suas primeiras declarações como presidente eleito, ao “Fantástico”, em 2002.
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