quarta-feira, 1 de setembro de 2021

"O passado como polígrafo", por Pedro Bial


Grosseria é ousar impor condições como 'só faço ao vivo, não confio na edição'


Pedro Bial

Jornalista

Gentil, o editor da Folha me convida a escrever nesta página: “Acho que você está sendo vítima de uma campanha”. Faz sentido oferecer-me compensação, pois houve campanha, e foi desencadeada pelo UOL [portal que tem participação minoritária e indireta da Folha] a partir de colaboradores “cheerleaders” do Twitter, que cravaram o adjetivo “grosseiro” como início de seu título caça-clique. Mais honesto seria “jocoso” ou “irreverente”, mas talvez não fosse tão chamativo.

No início do programa “Manhattan Connection” de quarta-feira (14), Lucas Mendes perguntou-me sobre convidados que não vão ao programa, como ocorre quando ele convida Lula Bolsonaro. Na resposta, comentei das condições que, da prisão, Lula fixou ao manifestar seu desejo de participar de um “Conversa com Bial”. O ex-presidente disse que queria falar para mim, mas só se fosse ao vivo, pois não tinha confiança na minha edição. Conheço Lula há 40 anos, já o entrevistei algumas vezes, apenas uma ao vivo, quando fez suas primeiras declarações como presidente eleito, ao “Fantástico”, em 2002.

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