segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

"Cristovam diz que PDT o ‘rifou’ por Ciro Gomes"

Pobre país, em que um homem honrado e inteligente como Cristovam Buarque é "rifado" por dois desclassificados da pior espécie...
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Cristovam diz que PDT o ‘rifou’ por Ciro Gomes

Josias de Souza










Ex-petista, o senador Cristovam Buarque (DF) disse ao blog estar com saudades do tempo em que Lula o demitiu do posto de ministro da Educação por telefone. O PDT, sua atual legenda, submete-o a uma descortesia maior. “Eu tinha a pretensão de disputar a Presidência da República, mas essa pretensão foi cassada.” Cristovam atribui a “violência” a Carlos Lupi, presidente do PDT. “O Lupi me rifou completamente. Ele resolveu que o candidato do partido será Ciro Gomes. Tenho saudades da demissão por telefone porque, comparada com isso, era mais digna.”
Depois de amargar um quatro lugar na corrida presidencial de 2006, atrás de Lula, Geraldo Alckmin e Heloisa Helena, Cristovam se diz equipado para 2018. “Gostaria de participar. Estou preparado. Tenho proposta. Tenho viajado pelo país. Estava animado para disputar uma prévia. Mas o Lupi não permitirá que haja prévia séria no PDT.” A irritação do senador cresceu depois que ele viu uma entrevista de Ciro na tevê.
“Ciro disse que não tem vontade de ser presidente nem quer ser candidato. Declarou que está com uma vida muito boa, que recebe um salário monstruoso. Na entrevista que assisti, ele disse que não disputaria com ninguém no PDT. Se o partido quiser pedir para que seja candidato, ele vai pensar. Se tiver disputa, ele não participa. Nada de prévias.”
Segundo Cristovam, Lupi transformou o PDT num cartório. “Todos os diretórios estaduais são nomeados por ele. Não tem eleição interna. Lupi controla tudo. Ele diz quem vai ser candidato em cada Estado. Tem o poder de vetar.” A despeito de tudo, Cristovam hesita em mudar de partido.
“Trocar de legenda é algo muito dolorido. Fica uma marca ruim para quem muda muito. O próprio Ciro, que já está no sétimo partido, carrega essa marca. Tem hora que a gente sente que está sendo empurrado para fora do partido. Eu me sinto sendo empurrado para fora. Não mudaria de partido para ser candidato. Mudaria se um partido sério quisesse chamar um grupo de pessoas, inclusive a mim, para disputar qual seria o melhor projeto para o Brasil.”
Para Cristovam, a movimentação de Lupi desrespeita a biografia de Leonel Brizola. “Estou irritado com esse negócio de dizerem que impeachment é golpe. Não é golpe. Lupi, sim, dá um golpe na história ao comparar-se com o Brizola da época da campanha da legalidade.”
O senador prossegue: “A legalidade do Brizola era contra os tanques de guerra cercando o Congresso. Ele carregava a metralhadora lá no Rio Grande do Sul. Agora não tem nada disso. Se Lupi levar adiante a ideia de expulsar do partido quem votar no impeachment, independentemente do meu voto, estarei com essa pessoa.”
Cristovam diz supor que Lupi lhe feche as portas por conta de suas “posições independentes e críticas em relação ao governo”. Considerou “extemporâneo” o ingresso de Ciro no PDT. “Não sei o que ele pensa. Qual é a proposta dele? Não é um quadro que me entusiasme. Uma das coisas que deixaram o Lupi furioso comigo foi que eu disse que o PDT está tão ruim que nem a entrada do Ciro consegue piorar.”

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

"Impeachment, uma luta cidadã", por Roberto Freire

Impeachment, uma luta cidadã

Roberto Freire
Desde o fim da tarde da última quarta-feira (2), quando o presidente da Câmara dos Deputados acolheu o pedido de impeachment formulado por Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, os brasileiros ganharam um alento em meio a uma das maiores crises de nossa história. Com o processo formalmente deflagrado no Congresso Nacional, o impedimento da presidente da República passa a ser uma realidade palpável, um assunto sobre o qual todo o país terá de se debruçar nos próximos meses, e não mais uma mera conjectura.


Ao contrário do que querem fazer crer os cada vez mais escassos defensores do lulopetismo, o impeachment não é um embate pessoal circunscrito a Eduardo Cunha e Dilma Rousseff. Trata-se, evidentemente, de uma luta encampada pela cidadania brasileira, que já se manifestou, em sua grande maioria, favoravelmente ao afastamento constitucional da petista – 65% da população defende o impeachment, segundo o levantamento mais recente do Datafolha, divulgado no fim de novembro.
O deferimento do pedido foi um primeiro passo muito importante para que o Brasil consiga virar essa triste página de sua história, mas ainda há um longo caminho pela frente. É necessário ter a consciência de que a sociedade só terá êxito nesta luta democrática se houver total unidade entre os movimentos sociais e os partidos políticos, além de uma intensa mobilização nas ruas.
A peça acusatória acolhida pela presidência da Câmara mostra cabalmente que o atual governo não cometeu apenas um crime, mas uma série de irregularidades apontadas de forma detalhada, desde as gravíssimas pedaladas fiscais até os decretos não numerados que autorizavam gastos acima do previsto pelo Orçamento, entre outras ilicitudes. O documento comprova que Dilma violou nada menos que as Leis de Diretrizes Orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal, o que configura, indubitavelmente, a prática do crime de responsabilidade e desmonta a tese falaciosa sustentada por aqueles que, de forma dissimulada, apoiam o descalabro reinante e secundam o lulopetismo, acusando de “golpistas” os defensores do impedimento presidencial.
É importante lembrar que os principais lideres do PT, que tentam confundir a opinião pública e chamar de golpe o que golpe não é, participaram ativamente da mobilização em prol do afastamento do então presidente Fernando Collor, em 1992. Desesperados com a possibilidade de largar o poder, sabem perfeitamente que o impeachment é um instrumento previsto na Constituição, na Seção III (“Da Responsabilidade do Presidente da República”) do Capítulo II (que trata do Poder Executivo), e que sua aplicação naquela oportunidade foi algo extremamente benfazejo para o país, levando ao fim de um governo corrupto e dando origem ao vitorioso período de Itamar Franco na Presidência.
Além do desastre no qual o Brasil mergulhou graças à incompetência e irresponsabilidade dos governos de Lula e Dilma, com uma recessão já beirando a depressão econômica, e ainda o desemprego, a inflação, o endividamento e a queda da renda das famílias, o país vive uma crise de confiança sem precedentes. Inicialmente refratários ao impeachment, até mesmo o empresariado e, em especial, o mercado financeiro parecem ter se dado conta de que não é mais possível continuar sob tal descalabro petista. Como se não bastasse tamanho desmantelo, tudo se desenrola tendo como tenebroso pano de fundo o maior escândalo de corrupção de nossa história republicana, objeto das investigações da Operação Lava Jato, enredando os governos de Lula e Dilma, importantes lideranças do PT e atingindo em cheio o Palácio do Planalto. 
Somente um novo governo será capaz de resgatar a credibilidade que o país perdeu e devolver aos brasileiros a confiança no próprio futuro. O processo de impeachment tem uma dimensão muito maior do que uma simples disputa política, pois simboliza o sentimento majoritário da população contra os malfeitos e os desmandos do lulopetismo. Que o Congresso Nacional, primeiro na Câmara e depois no Senado, cumpra o seu papel e devolva aos brasileiros a esperança que lhes foi roubada pela desfaçatez. A luta é de toda a cidadania e está só começando, mas no fim deste caminho há um novo Brasil pronto para emergir. 
Manifestantes pedem o impedimento da presidente Dilma, Curitiba, PR (Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo)Manifestantes pedem o impedimento da presidente Dilma, Curitiba, PR (Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo)http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2015/12/impeachment-uma-luta-cidada.html

"Golpe é permitir que o PT permaneça no poder", por Hélio Bicudo e Janaina Paschoal

Golpe é permitir que o PT permaneça no poder

Hélio Pereira Bicudo e Janaina Conceição Paschoal



Hélio Bicudo e Janaína Paschoal

Em 1º. de Setembro, apresentamos denúncia, por crime de responsabilidade, em face da presidente da República. Já naquele momento, narramos a fraude que significaram as pedaladas fiscais e o comportamento leniente da chefe da nação para com o conhecido escândalo do petrolão. 
Após a oposição encampar o pedido, foi protocolizado aditamento, para nossa honra, incluindo entre os denunciantes Miguel Reale Júnior, com a adesão do Movimento Brasil Livre, do Vem pra Rua e dos movimentos contra a corrupção. Depois, em novo aditamento, detalharam-se mais os atos praticados em 2015.
Pois bem, haja vista que se apuraram novos fatos, em 15 de outubro, um novo pedido, compilando a primeira denúncia e seus aditamentos, fora apresentado. Neste segundo pedido, imputaram-se à presidente da República vários crimes de responsabilidade previstos na Lei 1.079/50. Em resumo, três são os pilares da acusação.
Primeiramente, acusa-se a presidente de ter instrumentalizado bancos públicos, utilizando-os para fazer pagamentos vedados e, o que é pior, não contabilizando os valores devidos.
A situação ganha contornos de fraude quando se constata que as instituições financeiras lançaram os créditos havidos junto ao governo, enquanto o governo não lançara os débitos. Desse modo, quem auditasse as contas do Tesouro Nacional acreditaria que o país tinha dinheiro, quando, na verdade, já estava sabidamente quebrado. Esse expediente iludiu os investidores e lesou a população, que achou que os programas sociais continuariam.
Em segundo lugar, atribui-se à presidente a publicação de decretos não numerados, abrindo créditos suplementares não autorizados pelo Congresso Nacional –ou seja, dando dinheiro para diversos órgãos, quando já se sabia do rombo nas contas públicas.
Alguns analistas têm dito que a aprovação do deficit de R$ 120 bilhões infirmaria a denúncia de impeachment. É justamente o contrário! O reconhecimento de tal deficit prova que, desde o início, os denunciantes tinham razão em aduzir que a nação fora enganada!
Em terceiro lugar, acusa-se a presidente de não ter responsabilizado seus subordinados, no episódio internacionalmente conhecido como petrolão. Infelizmente, após a apresentação da denúncia, os fatos desvendados pela Operação Lava Jato corroboram a acusação. Até mesmo o líder do governo no Senado foi preso, por arquitetar um plano de fuga para um importante diretor da Petrobras, homem de confiança de Dilma e Lula.
Se os escândalos não estivessem ocorrendo na área em que a presidente sempre se orgulhou de conhecer e comandar, até seria possível aceitar a tese de que ela não sabia de nada. No entanto, o desenrolar dos escândalos, justamente no setor ao qual se dedicara a vida toda, mostra que ela fez parte disso tudo. No mínimo, deixou de tomar providências para que a sangria estancasse.
Uma chefe de Estado, quando das primeiras notícias, haveria de afastar diretores e também retirar os amplos poderes que conferira ao ex-presidente, que funciona como operador das empresas que ganham bilhões em prejuízo dos cofres públicos.
Mas a presidente Dilma não só não tomou tais medidas, como insistiu em dizer para a nação, durante a eleição e mesmo neste ano de 2015, que as contas públicas estavam hígidas, e a Petrobras, muito saudável! Adotou, como de costume, o discurso de vítima.
Agora, andam falando em um pretenso golpe! Ora, o PT pediu o impeachment de Collor e de FHC! Curioso, quando o foco são os outros, o instrumento é democrático; quando visa o PT, é golpe? Acham que o povo brasileiro é bobo? Que ninguém os observa? Que podem tudo?
Esse discurso, que não convence mais ninguém, é a prova de que não há argumentos técnicos para fazer a defesa perante o Congresso Nacional. As medidas tomadas junto ao Supremo Tribunal Federal também evidenciam a falta de explicações para todos os atos imputados.
Não adianta o PT querer construir o factoide de que o país esta diante de um embate entre Cunha e Dilma. O que está em pauta é o modo PT de "administrar"! Nenhum brasileiro aguenta mais tanta mentira e desrespeito. O PT não fez o alardeado governo para os pobres. Perto do que favoreceu os ricos amigos do ex-presidente Lula, que ficaram bilionários a nossas custas, o que se gastou com Bolsa Família foi risível!
Uma outra evidência de que a presidente sempre soube de tudo é o fato de ela ter enviado elevados valores, sob a chancela de sigilosos, para países ditatoriais e pouco transparentes, o que já seria questionável em si. Mais recentemente, soube-se que, nesses países, as construtoras envolvidas na Lava Jato também ganharam licitações para obras, nem sempre entregues. Expedientes e mais expedientes para desviar verba pública, visando um projeto sórdido de poder.
A presidente da República teve a oportunidade de zelar pelo Brasil, mas preferiu trabalhar pelo PT. Não é possível ficar omisso diante de tal quadro. O pedido de impeachment não é de Cunha. Cunha apenas agiu na condição de presidente da Câmara. Aliás, caso não despachasse, poderia incorrer em prevaricação.
O pedido de impeachment segue assinado por cidadãos brasileiros, com largo apoio da sociedade; é constitucional, legítimo e está fática e juridicamente alicerçado. Se o PT está tão certo de que é insubsistente, que o enfrente!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

The Shigir idol

Is this the world's oldest secret code?

Scientists close to precise dating of the Shigir Idol, twice as ancient as the Egyptian Pyramids.

By Anna Liesowska
22 October 2014

The oldest wooden statue in the world. Picture: Ekaterina Osintseva, The Siberian Times

The Idol is the oldest wooden statue in the world, estimated as having been constructed approximately 9,500 years ago, and preserved as if in a time capsule in a peat bog on the western fringe of Siberian. Expert Svetlana Savchenko, chief keeper of Shigir Idol, believes that the structure's faces carry encoded information from ancient man in the Mesolithic era of the Stone Age concerning their understanding of 'the creation of the world'.

German scientists are now close to a precise dating - within five decades - of the remarkable artifact, which is a stunning example of ancient man's creativity.

The results are likely to be known in late February or early March, The Siberian Times can reveal. 

Now the question is turning among academics to a better understanding of the symbols and pictograms on this majestic larch Idol, one of Russia's great treasures, which is now on display a special glass sarcophagus at its permanent home, Yekaterinburg History Museum, where Savchenko is senior researcher.

There is no such ancient sculpture in the whole of Europe.
Picture: Ekaterina Osintseva, The Siberian Times

German pre-historian Professor Thomas Terberger said: 'There is no such ancient sculpture in the whole of Europe. Studying this Idol is a dream come true. We are expecting the first results of the test at the end of winter, (early) next year.'

Professor Mikhail Zhilin, leading researcher of the Russian Academy of Sciences' Institute of Archeology, explained: 'We study the Idol with a feeling of awe. This is a masterpiece, carrying gigantic emotional value and force. It is a unique sculpture, there is nothing else in the world like this.  It is very alive, and very complicated at the same time. 

'The ornament is covered with nothing but encrypted information. People were passing on knowledge with the help of the Idol.'

He is adamant that we can draw conclusions about the sophistication of the people who created this masterpiece, probably scraping the larch with a stone 'spoon', even though the detail of the code remains an utter mystery to modern man. 



This is a masterpiece, carrying gigantic emotional value and force.
Pictures: Ekaterina Osintseva, The Siberian Times

Asked if they lived in permanent fear of mighty forces of mysterious nature, nervously casting around, petrified by danger, he replied: 'Forget it. The men - or man - who created the Idol lived in total harmony with the world, had advanced intellectual development, and a complicated spiritual world.'

'It is obvious that the elements of geometrical ornament had some meaning,' stated Savchenko and Zhilin in explaining the Idol's ancient markings. 

'The difficulty of interpretation is the polysemy symbolism of these symbols' - in other words, the possible multiple related meanings. According to ethnography, a straight line could denote land, or horizon - the boundary between earth and sky, water and sky, or the borderline between the worlds. 

'A wavy line or zigzag symbolised the watery element, snake, lizard, or determined a certain border. In addition, the zigzag signaled danger, like a pike. Cross, rhombus, square, circle depicted the fire or the sun, and so on.' 

Savchenko and other museum staff have postulated that among its purposes was that of an early map, or navigator. Straight lines, wave lines and arrows indicated ways of getting to the destination and the number of days for a journey, with waves meaning water path, straight lines meaning ravines, and arrows meaning hills, according to this theory which has yet to be fully researched. 

The ornament is covered with nothing but encrypted information.
Pictures: Ekaterina Osintseva, The Siberian Times

Author Petr Zolin, citing scientific work by Savchenko and Zhilin, stated: 'The characters of Idol cannot have an unambiguous interpretation. If these are images of spirits that inhabited the human world in ancient times, the vertical position of figures (one above the other) probably relate to their hierarchy.

'Placing images on the front and back planes of the Idol, possibly indicate that they belong to different worlds. If there are depicted myths about the origin of humans and the world, the vertical arrangement of the images may reflect the sequence of events. Ornaments can be special signs which mark something as significant.'

The Idol reflects what these people looked like, with straight noses and high cheekbones.


The men - or man - who created the Idol lived in total harmony with the world,
had advanced intellectual development, and a complicated spiritual world.
Pictures: Ekaterina Osintseva, The Siberian Times

The impression of the main three-dimensional face, with a gaping mouth, is of an Aztec look, but it is only because the part of the nose of the main face was broken. In all there are seven faces, six of which are one dimensional. 

'It is clear that the faces together with the ornament form separate figures,' said Savchenko and Zhilin. 'On both the front and back of the Idol there are three figures. Here they are located one above the other, and the upper seventh figure...connects both sides and crowns the composition.'

Some have claimed the Idol includes primitive writing, which, if true, would be amongst the first on Earth, but there is no consensus among experts who have studied the Urals statue. 
The Idol was preserved due to a stroke of luck concerning its resting place in the Urals. 

It happened 'thanks to a combination of antiseptics,' said Professor Zhilin. 'The idol was made from the Phytoncidic larch, then 'canned' in turf which is an acid anaerobic environment that kills microorganism-destroyers and also has a tanning effect.' 

Some have claimed the Idol includes primitive writing, which, if true, would be
amongst the first on Earth. Picture: Ekaterina Osintseva, The Siberian Times

The scientists from the Lower Saxony State Office for Cultural Heritage are using AMS - accelerated mass spectrometry - enabling them to compare analysis of five microscopic samples of the larch from the idol with climate changes data for the past 10,000 years. 
This will allow them to figure out when exactly the 159 year old larch - from which the Idol is carved - grew. 

The tests follow what Professor Terberger called 'a very successful summer trip'  in which 'we worked together with our Russian colleagues from the Yekaterinburg History Museum'.

The Idol was originally recovered in January 1890 near Kirovograd; some 2.8 metres in height, it appears to have seven faces. It was protected down the millennia by a four metre layer of peat bog on the site of an open air gold mine.

Lack of funding has, until now, prevented the proper age testing of this Urals treasure.  Professor Uwe Hoysner,  from Berlin Archaeological Institute said: 'The Idol is carved from larch, which, as we see by the annual rings, was at least 159 years old. The samples we selected contain important information about the isotopes that correspond to the time when the tree grew.' 

The samples used for testing were cut in 1997. The Idol was extracted in several parts from the peat bog. 



First reconstructions of the Idol as walking and standing upright, archeologist
Vladimir Tolmachev and his drawings of the Idol, and marked faces of the Idol.
Pictures: Yekaterinburg History Museum

Professor Dmitry. I. Lobanov combined the main fragments to reconstitute the sculpture 2.80m high but in 1914 the Siberian archaeologist Vladimir Tolmachev proposed a variant of this reconstruction by integrating previously unused fragments.

Tragically, some of these fragments were later lost, so only Tolmachev's drawings of them remain. However, these suggest the original height of the statue was 5.3 metres. Some 1.93 metres of the statue did not survive the 20th century's revolutions and wars and it is only visible on his drawings.

But even the size is it now makes it the highest wooden statue in the world. 

One intriguing question debated by Russian scientists is how the Idol - as tall as a two-storey house - was kept in a vertical position. 

Museum staff believe it was never dug into the ground to help it stand upright, and that it was unlikely it was perched against a tree, because it would have covered more than half of its ornaments. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Linda e Corajosa Lais



Lais faz novos exercícios, volta a 'andar' e sonha com tocha olímpica

Ver video AQUI




Vinte e dois meses após o acidente que marcou sua vida, Lais Souza, 26, caminha.
Suspensa por cordas e com as mãos amarradas em barras que ladeiam a esteira, para conferir estabilidade, ela desenvolve ritmo moderado.

Mas andar mesmo ainda é uma quimera. Desde 27 de janeiro de 2014, quando se acidentou em Park City, nos EUA, onde treinava esqui aéreo, ela não sente nada do pescoço para baixo.

Na clínica paulistana onde ela faz reabilitação, o exercício requer ajuda de três pessoas. Uma sustenta o quadril, outra move a perna direita e uma terceira, a esquerda. A Lais cabe manter a fleuma.

Em dois anos, esse é o gesto mais próximo que ela faz do movimento de andar.
Quando a Folha chegou à clínica às 10h30 da terça (27), ela se exercitava havia uma hora e meia. "Já consegui 15 minutos na esteira."

Sobre a cabeça, um xale rosa. "Sinto muito frio. Dizem que tetraplégico tem disso."











A caminhada termina e William Campi, 26, orienta a cuidadosa remoção de Lais, que dali parte para outro aparelho. É ele quem dá o aval para descer a roldana do macacão que a prende à esteira.

Natural de Ribeirão Preto, ele é conterrâneo da ex-ginasta e se tornou, em janeiro, o cuidador dela, a quem acompanha nas viagens entre interior e capital paulista.
Tira cisco do olho, maquia, penteia, dá banho, limpa, consola e serve de divã. "Ficamos muito amigos, tipo irmãos", conta William.

Ele e a mãe de Lais, Odete, se revezam nos cuidados da ex-ginasta. Quando ela precisa viajar para dar palestras, William vai a tiracolo, com funções como virá-la na cama a cada duas horas durante a noite.

Editoria de arte/Folhapress
O DRAMA DE LAISO acidente da ex-ginasta
O DRAMA DE LAIS - o acidente da ex-ginasta
CHEESEBURGER

Nos últimos meses, Lais, 51 kg, readquiriu os movimentos nos ombros e sensibilidade em algumas áreas do corpo.

"Já consigo comer sozinha e sinto menos dor. Mas o que gostaria é de mexer os braços. Sinto muito falta", afirma.

Um de seus maiores prazeres recentes foi comer um cheeseburger. Uma mordida. Até há pouco, só recebia alimentação líquida, por sonda.

Poder se alimentar de outro modo lhe agrada, mas também a preocupa. "Como minha garganta ficou menor, se eu aspirar errado pode ser que dê merda. Ou melhor, vai dar merda."

Embora tudo seja extremamente difícil, a realidade se distancia do cenário mais trágico que, por alguns dias, o acidente parecia reservar.

Socorrida às pressas, chegou ao hospital da Universidade de Utah com risco de morte –no voo por helicóptero, aspirou o próprio vômito, causando-lhe pneumonia.

O impacto fraturou seu pescoço, deslocou a terceira vértebra cervical e impediu a respiração. Uma cirurgia de oito horas realinhou sua coluna, mas havia riscos. Uma semana depois, foi transferida para o Jackson Memorial Hospital, em Miami.
No fim de 2014, ela voltou a morar no Brasil, mas viaja com frequência para a Flórida, onde se submete a tratamento com células-tronco. "Não deixo de crer que é possível voltar a andar."

Lais foi parar na clínica Acreditando, em São Paulo, por causa da proprietária, Fernanda Fontenele, 29, que enviou carta à família da ex-ginasta ao saber do acidente.

Fernanda se solidarizou com a situação por também ter sido tetraplégica –hoje, mexe os membros superiores. Lais não paga a clínica, cuja hora custa até R$ 130.
Fernanda e o marido, Felipe Costa, 27, que é paraplégico, gerem o estabelecimento. Vítimas de acidente, conheceram-se em tratamento nos EUA, de onde trouxeram o método que utilizam.

A educadora Roberta Gaspar fica encarregada de sistematizar o programa de Lais.
"Ela só não teve mais evolução porque viaja muito e não é tão assídua", afirma.
Lais contra-argumenta que falta porque precisa trabalhar para pagar as contas. Participa de eventos e faz palestras, mas tem dificuldade para fechar o orçamento no azul.

Recebe pensão vitalícia de R$ 4.600 mensais aprovada neste ano pela presidente Dilma e tem apoiadores pessoais, mas gasta R$ 5.000 por mês com medicamentos e banca o salário de William. "A maior parte da minha recuperação sai do meu bolso", conta Lais, que não se estende nas queixas. Considera-se com sorte por receber tanta atenção.

Uma pausa na entrevista para que ela chame o escudeiro. Quer descruzar a perna. "Dá uns tapas, assim, ó, papapapapapa", diz. É para reativar a circulação.
Retomada a conversa, este repórter pergunta a ela como lida com o fato de ter revelado sua bissexualidade no início deste ano. "É natural para mim. Estamos no século 21. Minha opção, se sou bissexual, se gosto de mulher, de homem, não faz diferença."

Parece mais preocupada com um desejo para o ano que vem, participar dos Jogos do Rio. Pretende levar a tocha olímpica no revezamento que vai percorrer o Brasil.
"Me fizeram convite para levá-la em Ribeirão. É mágico, é o maior evento do mundo", lembra ela, saudosa.

Lais participou de Atenas-2004 e Pequim-2008, e as atuações estão eternizadas em tatuagens na sua pele.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

"A mentira com método", por Sandro Vaia

Meus caros,
Sandro Vaia é outro de nossos jornalistas que têm se destacado nestes últimos tempos por trazer um pouco de lucidez e verdade ao debate político. O texto abaixo é prova disso e merece ser transcrito aqui.
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A mentira com método

Sandro Vaia

A tarefa da política, segundo Aristóteles, é investigar qual a melhor forma de governo e instituições capazes de garantir a felicidade coletiva.

A tarefa da política, segundo Lula, é manter-se no poder a qualquer custo, nem que para isso seja preciso mentir descaradamente.

Há uma certo deslizamento de sentido e uma intensa deterioração ética, talvez provocada pela passagem dos séculos, entre a definição do filósofo grego e a prática do filósofo de Garanhuns.

Deixemos Aristóteles para os espíritos superiores e estudiosos da filosofia política, e vamos nos aproximar do que temos à mão para tentar entender as profundas razões éticas e políticas que permeiam a ação do nosso fenômeno de massas.

O modus operandi ético-intelectual do filósofo de Garanhuns é suficientemente conhecido para que não seja preciso desperdiçar tempo tentando mais uma vez descrevê-lo.

Esbravejar com a voz rouca do alto de um palanque ameaçando mover céus e terra para manter a divisão do Brasil entre "nós", os bons, os caridosos, as almas puras, os igualitários, e “eles”, os elitistas impuros, egoístas, escravagistas, racistas, os que odeiam pobres viajando ao lado deles em aviões - essa é identificação primeira da “trade mark” lulista.

A partir desse carimbo, e do pensamento mágico que o envolve, tudo é possível. Uma vez estabelecida a divisão entre os bons e os maus, e fechado um exército em torno do maniqueísmo resto fica fácil. O eleitor brasileiro mais simplório lê com muita facilidade a cartilha do populismo: o mundo se divide entre os que querem o bem do povo e os que querem o mal do povo. Simples assim.

No conturbado cenário político brasileiro dos últimos tempos, que entrelaça uma crise política e uma crise econômica fabricadas pela fragilidade operacional e incompetência gestora do governo, o filósofo de Garanhuns salta para a ribalta sempre que a criatura política que ele inventou e colocou na presidência da República precisa de um laço firme e um braço forte.

Ele atua em duas dimensões: uma no segredo dos bastidores, onde se move com um certo segredo mas sem grande sutileza, e outro em um palco, desde que esteja cercado de sua plateia cativa, que aplaude cada palavra sua como se fosse a encarnação do Verbo Divino.

Enquanto no bastidor dizem que ele se jogou na tentativa de enlaçar Eduardo Cunha na barganha mandato x impeachment, no palco de uma reunião companheira, ele chegou ao ápice da desfaçatez, confessando que Dilma cometeu, sim, crime fiscal, mas foi por uma boa causa: pagar o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.

O céu é o limite para os padrões éticos de Lula. Nunca ninguém chegou tão perto de oficializar o velho refrão populista que nasceu com o ademarismo em São Paulo e ganhou contornos profissionais com Paulo Maluf: rouba, mas faz.

No caso não se trata de roubo, trata-se de crime fiscal, mas o ingrediente  moral é o mesmo: os fins justificam os meios, um dos princípios mais sórdidos já inventados na desqualificação   e a degeneração moral da prática política.

Além de ser uma justificativa imoral, tem um componente ainda mais sórdido: é mentirosa.

Está comprovado que dos 40 bilhões de pedalada fiscal, 6 bilhões eram destinados ao Bolsa Família Os outros 34 bilhões era dinheiro a juros subsidiados para grandes empresas escolhidas a dedo pelo governo. Uma verdadeira bolsa-empresário.

A requintada fórmula moral do PT é que não basta cometer crimes fiscais para manter-se no poder. É preciso também mentir.

domingo, 6 de setembro de 2015

O novo EP de Patrícia Marx no KICKANTE

Hoje, aos 40 anos, não tenho mais tempo pra coisas sem profundidade, futilidades e egos de nenhum meio. Me sinto em paz comigo mesma e não tenho medo de morrer. Acho até que deveríamos pensar mais a respeito, pra que o medo de perder as coisas se tornasse a sede de ganhar. Vivemos no mundo do automático. Trabalhamos para não viver. E quando vivemos, a vida caiu na preguiça de refletirmos sobre a impermanência de tudo. Velocidade x Vida. Acredite. Nós estamos todos perdendo um tempo precioso nas coisas banais. (Patrícia Marx)

Patrícia não só fez uma linda transição de cantora infanto-juvenil para uma cantora madura, como cuidou de ampliar seu leque de estilos musicais. Mergulhou no Jazz, na Bossa-Nova, no Soul, no Romântico e em tantos outros oceanos criativos, poliédricos, que testaram seus limites e deixaram obras de inspiração e qualidade.

Mais do que tudo, há uma mistura de talento e carisma que permite à Patrícia viajar pelo tempo sem jamais perder os múltiplos admiradores que granjeou, merecidamente, ao longo dos anos.

Seu novo EP está sendo produzido através do "crowd funding", ferramenta de financiamento coletivo, pelo site Kickante.

Já dei minha contribuição, como fã confesso que sou, de Patrícia, desde o início de sua carreira, e recomendo a todos que o façam, no link abaixo.

Bernardo

http://www.kickante.com.br/campanhas/patricia-marx-vai-gravar-um-novo-ep-participe-0

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Lais Souza: 'Eu me vejo trabalhando com esporte'

O que posso dizer de minha admiração por Lais Souza que já não tenha dito antes?

E esse sorriso maravilhoso, capaz de inspirar um país inteiro?
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Lais Souza: 'Eu me vejo trabalhando com esporte. Competindo ou comentando'

A atleta ficou tetraplégica após acidente em treino com esqui. Mas exibe bom humor e pensa em se tornar ou paratleta ou comentarista de ginástica ou esqui

11/08/2015 às 18:14 - Atualizado em 11/08/2015 às 19:12



 Lais Souza: 'Tenho momentos ruins, mas preciso de energia para melhorar,
nada é fácil' (Rodrigo Antonio/VEJA)

A ex-ginasta e ex-esquiadora Lais Souza participou nesta terça-feira dos debates olímpicos promovidos pela Abril no Rio, projeto da editora Abril para os Jogos Olímpicos de 2016. Alegre e espontânea, com tiradas cheias de humor, Lais deu detalhes do acidente que a deixou tetraplégica, há um ano e sete meses, durante um treino de esqui nos Estados Unidos. Ela falou sobre as dificuldades de viver em uma cadeira de rodas, da importância do auxílio de seu cuidador e dos familiares, dos avanços em sua recuperação, e do seu futuro, que deve ter o esporte como centro, seja competindo ou como comentarista.

"Não tenho muitas opções, mas tenho pensado bastante em ser paratleta, conheci há pouco tempo a bocha adaptada. E também penso em trabalhar como comentarista de ginástica ou esqui, ou os dois né? Por que não?", disse Laís, em São Paulo.

Ela não se constrange em nenhum momento em falar do acidente. "Aconteceu quando treinava velocidade e freada na neve, a uns 70 km/h, perdi o timing, não sei extamente o que aconteceu...", contou Lais sobre o momento em que se chocou contra uma árvore, em Salt Lake City, onde treinava para os Jogos de Inverno de Sochi, em 27 de abril de 2014. Aos 26 anos, Lais contou que ter sobrevivido ao acidente foi "a vitória mais importante de sua carreira" e disse estar respondendo bem aos tratamentos. "Depois de aplicação de células-tronco nos Estados Unidos, tenho mais sensibilidade no corpo."

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Lais não recuperou os movimentos dos membros inferiores e superiores, mas não perdeu as esperanças. "Acredito que vou me recuperar, nem que seja apenas num dedo. Acredito nisso", contou, exibindo a tatuagem em seu braço direito, que representa um cadeirante voltando a andar. Disse ser muito agitada, "espoleta", e revelou um de seus hobbies no momento - que ainda a ajuda no tratamento. "Para fortalecer o diafragma e respirar sozinha eu cantava muito na UTI."

Lais: bom humor e muita esperança(Rodrigo Antonio/VEJA)

Acompanhada de seu curador, Willian Campi, a jovem natural de Ribeirão Preto agradeceu ao apoio dos fãs e das pessoas mais próximas. "Agradeço por tanta gente me ajudar ainda a ser eu mesma novamente. Como não me movimento, minha equipe tem umas dez pessoas. Hoje se eu quiser tomar um banho com calma preciso de três horas, é tudo difícil. Tenho hoje nova relação com minha família. Estamos nos conhecendo novamente."

Lais disputou as Olimpíadas de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012 como ginasta. Ela disse aguardar um convite da organização dos Jogos do Rio para acompanhar de perto as partidas. "Além da ginástica, sou fã de basquete, vôlei, handebol. Fui a várias Olimpíadas, mas não tinha tempo de ver os jogos, gostaria de aproveitar isso agora."
(Da redação)


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